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Foto do escritorCroft Manor Brasil

The Myth Behind of The Tomb Raider: A História do Rei Arthur.



No capítulo anterior falamos sobre o mito que deu origem ao primeiro Tomb Raider (1996), o mistério de Atlântida (clique aqui para ler, caso não tenha lido). Para dar sequência, a equipe do Croft Manor Brasil escolheu desbravar a lenda do Rei Arthur, que serviu de base para o jogo Tomb Raider Legend. O título, além da suposta existência do personagem histórico e da espada Excalibur, ainda aborda a lenda da ilha mítica de Avalon, além de todos os mistérios que a cerca. Por que essa figura é considerada um herói (principalmente para os Bretões), mesmo sem a comprovação que o mesmo realmente existiu? Por que esse personagem serve de inspiração de boa conduta, moralidade e coragem para tantos jovens? Acomode-se na mansão e venha conosco desbravar os mistérios do segundo episódio de The Myth Behind Tomb Raide: A História do Rei Arthur.


O embate acadêmico acerca de quem era "O Rei Arthur" é fervoroso, pois até hoje não se chegou a nenhum consenso se ele realmente existiu ou não. Com isso, mesmo os relatos e documentos deixados à mão desde o século V até o século XII serem em grande quantidade, os mesmos não são consistentes. Alguns retratam Arthur como um Guerreiro, outros, como Rei. Também não foram encontrados vestígios físicos, localizações e artefatos suficientes que comprovem a existência do tal Arthur. E os que existem, ainda estão sendo estudados, já que sua grande maioria já foi desmentida através de teste de "Carbono 14" (teste químico que remonta a idade de artefatos históricos através das moléculas de carbono presentes no objeto).


Antes de tudo, devemos separar o Arthur histórico (ao qual até hoje não conseguiu se comprovar a existência) do Arthur Literário. Esse último deu suas caras nos Romances Arturianos, em sua grande maioria escrito por autores franceses. Do século V ao XII, a lenda teve várias adaptações, de acordo com a moral e com o contexto histórico do autor. Sendo assim, pra ficar de fácil compreensão, escolhemos a versão mais moderna do mito. A lenda de origem celta conta a história de um "Arthur", filho bastardo do Rei Uther Pendragon. Arthur tinha como tutor o mago, Merlín, que o levou até a localização da espada Excalibur, guardada por Nimue, ou também conhecida como A Dama do Lago, que após tomar posse do artefato, herdou o trono com apenas 15 anos.


Excalibur - que queria dizer "Corta Aço" - dava a quem a possuía o "Corpo Fechado" habilidade especial que dava ao Rei Arthur a vitória em diversas batalhas. Uma das primeiras, por volta do ano de 500 d. C. diz que Arthur lutou sozinho contra mais de 900 homens, no monte Badon.



Sua fama e êxito em conquistar outras terras fez com que seu "pequeno" Castelo em Camelot, se tornasse o centro de um Império, com cada vez mais seguidores e aliados. Sendo assim, Merlín decide criar a Távola Redonda (mesa em forma de círculo) para tomar as decisões dentro do reino e de suas adjacências. O formato peculiar da mesa fazia com que todos estivessem em posição de igualdade dentro do governo de Arthur, evitando, assim, disputas de poder e traições dentro do próprio reino. Apesar disso, após centenas de guerreiros sentaram-se junto a Arthur nessa mesa, um deles não conseguiu conter sua ganância.


Sir Mordred, filho desconhecido da Feiticeira Morgana LeFay com seu irmão – o próprio Rei Arthur – se aproveitou a ausência do Rei, que tinha ido defender o país na Guerra contra "Roma" - não se sabe se era a Roma que conhecemos ou se seria um nome Genérico para um inimigo qualquer. Assim, ao retornar ao reino, Arthur enfrenta a sua última batalha, contra seu próprio filho. Morgana roubou a espada e Merlin não pode ajudá-lo, pois estava preso pela Dama do Lago. Arthur trava a batalha contra Mordred, e ambos são gravemente feridos.


Arthur ordena que o Cavaleiro Bedivere organizasse uma busca pelo Santo Graal. Segundo o mito católico, seria o cálice que José de Arimatéia teria recolhido o sangue que jorrava das feridas de Cristo, durante a crucificação. Eles acreditavam que só assim, Arthur poderia ser curado dos ferimentos graves que adquiriu na batalha. Porém, anos se passaram e as buscas pelo artefato não tiveram sucesso. Merlin então decide levar Arthur para seu local de descanso final, a Ilha de Avalon.


Essa versão do mito foi escrita por Geoffrey Monmouth e Chrètien de Troyes, autores de outros romances Arturianos do século 12. Apesar de serem os primeiros a escreverem uma mitologia completa para o suposto Rei, outros autores posteriores tiveram bastante destaque, com versões modificadas da história. É o caso do escritor Robert de Boron, do século 13, que escreveu que a espada Excalibur é retirada de uma Pedra, ao invés de ter sido entregue a Arthur pela Dama do Lago, sendo o esse ponto que a história faz seu elo com Tomb Raider Legend.


No título, Lara Croft se deparou pela primeira vez com o artefato quando tinha apenas nove anos de idade, quando estava a deriva nos montes gelados do Himalaia com sua mãe, Amélia DeMornay. O objeto estava fincado em uma plataforma de Pedra que, ao ser tocado, abria um portal misterioso. Amelia é puxada pelo portal e desaparece sem deixar vestígios. Lord Richard Croft abdicou de sua reputação como arqueólogo para descobrir o que tinha acontecido com sua esposa, além de acreditar firmemente que ela estava viva em Avalon. Lara sempre discordou do pai, até que infelizmente, Richard morre em uma expedição sem nunca conseguir encontrar Amélia. Anos depois, a arqueóloga tenta entender o porquê de seu pai nunca ter desistido de encontrar sua mãe, e decide retornar as pesquisas a fim de honrar os pais e, quem sabe, encontrar Amélia, apesar de se manter descrente.


Em sua expedição na Bolívia, Croft começa a investigar evidências de que não existisse somente uma plataforma de pedra, como a que ela viu na sua infância. Ela passa pela Bolívia, Peru, Japão, Ghana, Cazaquistão e os confins da Grã-Bretanha (sua terra Natal) para descobrir que os fragmentos do artefato que ela encontrou nesses países eram da Lendária Espada do Rei Arthur! Com isso, Lara acaba considerando a possibilidade de que sua mãe poderia ter ido para o destino final do Bravo Rei, a Ilha de Avalon.


Há uma cena em particular em Tomb Raider Legend que Lara Croft encontra um dos fragmentos da escalibur com o próprio Arthur. A arqueóloga fica fascinada com a tumba do grande rei, no entanto precisa destruir a câmara onde guardava o seu corpo para recolher parte do objeto. Felizmente antes de cometer o furto, Lara pede perdão por incomodá-lo em seu descanso, e em seguida, leva o fragmento da sua fiel espada. Uma grande homenagem de um aventureiro para outro. O Rei Arthur, independentemente de existir ou não, é, sem dúvidas, um dos maiores personagens da história da humanidade, que deixará para sempre o seu legado.

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