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  • Foto do escritorVinícius Calheiros

DEVEMOS FICAR ANIMADOS PARA SEQUÊNCIA DE TOMB RAIDER DO FILME? | ANÁLISE.


Tomb Raider é uma saga muito privilegiada em relação às adaptações dos jogos de vídeo games no cinema. É inegável que os filmes de Angelina Jolie ajudaram a consolidar ainda mais a saga, e, para alguns, seria impossível substituí-la. No entanto, muitos anos passaram e Lara Croft recebeu um reboot em 2013. Sendo assim, devido ao sucesso de público e crítica, a franquia recebeu mais uma adaptação para o cinema em 2018. Alicia Vikander entregou uma personagem fiel (adicionando até traços clássicos) muito elogiada pelos espectadores; porém, o mesmo não pode se dizer do roteiro, que deixou a desejar em alguns aspetos, levando à dúvida sobre a canonicidade em relação à história dos jogos que inspiraram o filme. Quer saber quais foram os elementos que os fãs questionaram? Não se preocupe. O Croft Manor Brasil te conta direitinho sobre esses tópicos, para que, no final, cheguemos a uma conclusão juntos.

A HISTÓRIA DOS JOGOS POR TRÁS DO FILME:

Primeiramente, para entender o filme, precisamos ficar por dentro da história do jogo que inspirou o mesmo.


“Lara Croft é uma jovem de 21 anos recém-formada em arqueologia. Entretanto, sua falta de experiência não a impede de enfrentar perigos e desafios em sua primeira aventura. Lara embarca no navio Endurance, numa expedição com Roth e seus amigos, em busca de Yamatai. Eles acabam sofrendo um inesperado naufrágio e encontram bem mais que uma simples ilha perdida. Lara e seus amigos descobrem que estão presos no local por forças místicas. Além disso, eles precisam lidar com os sobreviventes que já habitavam o lugar. Esses são os denominados Solarii, entidade responsável por diversas atrocidades, envolvendo alienação, rituais macabros e violência extrema. Assim, Lara e sua tripulação passam a procurar meios não só de escapar, mas também de sobreviver. Através dessa aventura épica, é dada a largada da grande jornada de Lara Croft para transformar-se na Tomb Raider que ela está destinada a ser.” Fonte: Croft Manor Brasil.



Durante a história do Tomb Raider 2013, Lara Croft é formada em arqueologia, totalmente independente e parte em uma aventura a fim de criar sua própria marca no mundo. Ela sai em contradição ao pai, que foi de consagrado arqueólogo a lunático. Richard após a morte da sua esposa, Amélia DeMornay Croft, entrou em depressão profunda, e apenas buscava uma maneira de suprimir a morte da amada através da busca de artefatos que pudessem trazê-la de volta a vida (Fonte Divina) ou alterar o passado (Chave de Chak Chel/ Caixa de Ix Chel). A relação em que Lara possuía seus pais era cheia de altos e baixos. O pai era um pouco ausente para família devido ao seu trabalho, enquanto Amélia era quem fazia companhia para menina Croft e acompanhava seu desenvolvimento.



Fonte Divina, Chave de Chak Chel, Caixa de Ix Chel


Após a morte de Amélia, a relação entre pai e filha piorou ainda mais, levando Lara a ter uma infância conturbada. Richard casa-se novamente, com uma mulher chamada Ana. Ela era uma espiã da Trindade, mas que acaba criando vínculo com Lara Croft, assim como o pai dela. Essa entidade é que está responsável pelo arquivamento e o boicote das pesquisas de Richard Croft, que o levou a desgraça e, posteriormente, à morte. Esse fator é extremante importante para a história de Lara, uma vez que futuramente ela sofre a mesma pressão ao ser questionada sobre suas pesquisas após a expedição de Yamatai. Tendo que lidar com o remorso pela perda precoce dos pais, Lara Croft irá tentar limpar o nome da família, assim como também, vingar-se da entidade que causou tanto dano a sua vida.

· RESUMINDO:

Lara tem 21 anos, independente, quer limpar sua consciência em relação a seu pai. Para ela, ele era louco, concordando com a mídia e todas as pessoas próximas dela. Uma série de fatores contribui para o amadurecimento da mesma, que, durante a trama, descobre a verdade por trás da imortalidade o que a fez refletir sobre as pesquisas as quais seu pai dedicou a vida: A fonte divina. Porém, infelizmente, Richard foi boicotado e assassinado pela Trindade. Após sobreviver a Yamatai, ela escreve um livro relatando sua experiência de sobrevivência (assim como nos jogos clássicos), mas é boicotada pela Trindade. Croft irá se dedicar a limpar o nome da sua família e vingar-se daqueles que mancharam sua reputação.

ADAPTAÇÃO DO JOGO OU FILME REIMAGINADO?


Primeiramente, leia a sinopse do filme.




“Aos 21 anos, Lara Croft (Alicia Vikander) leva a vida fazendo entregas de bicicleta pelas ruas de Londres, se recusando a assumir a companhia global do seu pai desaparecido (Dominic West) há sete anos, ideia que ela se recusa a aceitar. Tentando desvendar o sumiço do pai, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa.”


Sinopse oficial, Tomb Raider (filme)

Agora, compare-a com a sinopse do jogo.


Muita coisa mudou. Certo?


Siga lendo que a gente te conta o quê.



A adaptação cinematográfica, dirigida por Roar Uthaug, considerou os fatores da história de origem do Tomb Raider 2013, assim como também, os biográficos inseridos em Rise of the Tomb Raider.

RISE OF THE TOMB RAIDER VS TOMB RAIDER (FILME)

Os roteiristas do filme compreenderam muito bem a personagem Lara Croft. A primeira tomada irá retratá-la assim como no jogo, uma jovem independente, que se recusa aceitar às responsabilidades legais que envolvem a família Croft. Carismática, espirituosa, cheia de audácia. Essa é a personagem interpretada por Alicia Vikander. Uma única ressalva: no jogo ela é formada em arqueologia, no filme não, Lara trabalha como entregadora de pizza. Interpretamos que seja uma tentativa de humanizá-la e trazer a personagem mais próxima ao público jovem – trabalhar pra pagar contas, se recusando aceitar a realidade. O filme acerta nesse ponto, e de fato isso ocorre, sendo o primeiro arco bastante elogiado pela crítica e público em geral. Há também a participação de outra personagem importante, Ana, que é a madrasta de Lara. Dá-se a entender que ambas as personagens são próximas, assim como também a dualidade de caráter atribuído à Ana, e, portanto, outro elemento bem adaptado.

Quanto ao Richard Croft....O que falar desse personagem?


No filme, ele é um arqueólogo renomado, dono de uma companhia gigantesca, e que saiu em busca do corpo da Himiko (sim, você não leu errado, ele queria encontrar o corpo dela), mas acabou desaparecendo em uma expedição no “Mar do Diabo”. Ironicamente, se no jogo a expedição é protagonizada por Lara Croft, no filme ela é feita primeiramente pelo seu pai, fator que altera drasticamente a canonicidade da obra. Além disso, ainda no filme, Lara Croft recebe as instruções de seu pai para queimar as suas pesquisas, que, novamente, são de mérito de Lara no jogo.


Richard Croft deixando sua filha.

Richard Croft deixando a filha. Lembrança de Lara no filme.


Para sensibilizar o expectador, há o fator do desaparecimento de Richard Croft, vários “flashbacks” entre pai e filha, tentando mostrar o quanto eles eram próximos. Porém, novamente, a adaptação deixa a desejar, quando nas cenas, Richard está sempre deixando Lara Croft para ir trabalhar ou fazer qualquer atividade que não envolva a presença da filha. Logo, entendemos a ausência de fatores afetivos que possam comprovar que eles eram próximos, além, claro, do vínculo parental.


Analisando de fora, podemos interpretar que os roteiristas queriam passar a mesma sensação de solidão que Lara Croft passou nos jogos, certo? Isso explicaria muito coisa. No entanto, no jogo, temos várias lembranças de momentos felizes entre pai e filha, e mesmo que haja um distanciamento entre as partes, após a morte da mãe de Lara eles se mantinham parcialmente unidos.


Amélia e Richard lendo para pequena Lara. Lembrança de Lara.


No filme sequer há uma menção à Amélia Croft, a não ser sua sepultura. Richard se mantém indiferente em relação à infância da filha e a morte de sua esposa, seguindo a vida como renomado arqueólogo dono de uma grande companhia. Consequentemente, contradiz características principais da personagem no jogo, um pai depressivo que fora morto pela entidade em que sua nova noiva trabalhava. Por conseguinte, ocorre uma falha no filme em adaptar a história do Richard Croft pelo fato que, no jogo, sua morte molda a Lara, que parte em aventuras a fim de criar sua marca, e, posteriormente, a de sua família, que foi arruinada pelo falecido.



Então qual seria o fator que faria com que Lara Croft alterasse drasticamente sua vida para saber sobre um homem que não se importava com ela?


O fato de ser seu pai e dela se recusar a acreditar que ele está morto.


Esses foram os motivos que, no filme, irão moldar Lara, levando-a para Yamatai, e, bem... O resto vocês já sabem. Richard, que no filme está vivo, causa confusão no enredo, que fica catastrófico após sua aparição, havendo uma romantização entre a relação pai e filha, incoerente tanto nos jogos quanto no próprio filme.

TOMB RAIDER REBOOT x TOMB RAIDER (O FILME)

Indubitavelmente, essa era a maior curiosidade que os fãs da saga possuíam. Como roteiristas do filme contarão a história do Tomb Raider (2013) em apenas de 2h? De fato desafiador, visto que a trama possui em média 8 a 10 horas. Então para facilitar sua vida iremos pontuar os fatores do jogo que foram ““ adaptados ”” no filme.



· Endurance (navio)

· Yamatai (ilha)

· Himiko (primeira e única)

· Mathias (antagonista secundário)

ENDURANCE DO JOGO x FILME




No jogo, essa é a primeira expedição de Lara Croft. Essa irá pedir a Conrad Roth (mentor e quem cria Lara após a morte de seus pais) que se junte a ela na primeira expedição a uma ilha mítica, Yamatai. Ele é o dono do navio Endurance. Sem grana pra bancar a expedição, Lara recorre a sua melhor amiga, Samantha Nishimura (Sam), que logo aceita e também documenta todo o processo da busca pelo local. Também temos o Whitman, jornalista famoso, mas que, quando convidado por Lara, estava desvalorizado por outros programas bem mais sucedidos. Na tripulação também há o amável, Jonah Maiava, cozinheiro; Alex, o que lida com a tecnologia e meteorologia; Grim, mercenário amigo do Richard Croft e capitão do Endurance; Reyes, ex-policial, mecânica e, também, namorada de Roth.




Muita gente né? Podemos entender que a primeira expedição de Lara, no jogo, possuía fatores emocionais. A tripulação acreditava na capacidade de Croft como arqueóloga. Quem jogou o Tomb Raider (2013) sabe o quanto que cada personagem é bem desenvolvido e que eles cativam facilmente o público. Quando a equipe vai diminuindo mediante as mortes sofridas por eventos ocorridos na ilha. Com isso, partes de Lara Croft também morrem junto, e assim, cria-se um elo de sentimento da personagem e do jogador, através do objetivo de proteger os que ficaram. Esse fator é a chave para entender o porquê de Lara Croft tanto se sacrificar no jogo e como isso influencia diretamente as suas atitudes a ponto de transformar ela em quem estava destinada a ser.




Endurance do Tomb Raider (filme)


No filme, o Endurance possui um aspecto totalmente diferente do jogo. Isso se deve ao fato de que não há uma tripulação formada por pessoas próxima a Lara. O navio foi primeiramente usado por Richard Croft, cujo dono é o pai de Lu Ren, pessoa que acompanhará Lara Croft na busca do próprio Richard e, consequentemente, Yamatai. Lu Ren é o novo personagem, aceita ir à ilha após receber o dinheiro de Lara, e, além disso, ele também que saber o paradeiro de seu pai que despereceu na expedição de Richard. (Uma caça aos pais desaparecidos *rindo de nervoso*)


É lamentável que a única motivação de Lara Croft para ir a Yamatai seja o desaparecimento do seu pai. Tangenciando do jogo, pois não há autonomia da personagem em querer descobrir um lugar por conta própria, mas descobrir um lugar que seu pai já havia pesquisado. A tentativa de criar uma marca, de se consagrar no meio em que escolheu trabalhar são fatores ignorados pelos roteiristas. Entendemos que eles precisavam economizar tempo. Então, cortes eram previstos. No entanto, esses foram tão drásticos a ponto de perder totalmente a carga emocional da tripulação e do navio. Um ponto plausível entre as representações do Endurance, tanto no jogo quanto no filme é o naufrágio, ponto claramente respeitado que adaptou com maestria os eventos da história inspiradora.


YAMATAI DO JOGO x FILME



Mesmo sendo uma ilha, para muitos, Yamatai é um dos “personagens” que fizeram o jogo ser o sucesso que é. A região foi um dos palcos da Segunda Guerra Mundial, onde facilmente o jogador se depara com diversos documentos, carros, tanques, bases, etc. que são remetidos a esse grande período da História da Humanidade. Com instalações nada amigáveis, Yamatai possuía corpos em decomposição, navios encalhados e rituais bizarros por toda parte. Cada passo era incerto, pois havia um grupo de sobreviventes intitulado de Solarii que não era nada amigável. O local era governado por uma dama simpática (rindo de nervoso) chamada Himiko, responsável pelo fato de os que chegarão à ilha não conseguirem sair. Com isso, as pessoas ficaram pressas nessa área por muitos anos, causando graves danos à saúde mental desses habitantes. Podemos resumir Yamatai em misticismo, mistério e medo.


Já no filme, Yamatai é apenas uma área com posição geográfica desfavorável a navegação. Uma ilha genérica de qualquer filme de ação e aventura. O fator que mantém as pessoas presas ali é o medo da organização comandada por Mathias. No local, ainda há navios, barcos, aviões, mas não há elementos que causam no espectador a mesma sensação de insegurança e medo que é promovida no jogo. Mistério, misticismo e medo são elementos ignorados, comprometendo, assim, o fator sobrevivência amplamente defendidos no reboot de 2013.

HIMIKO DO JOGO x FILME


No jogo, Himiko era a rainha de Yamatai. Seu governo foi próspero, alta produção agrícola ​​e possuía apoio militar dos guardas-trovão, que protegiam a população de qualquer ameaça. Por esse motivo, foi intitulada pela população de “Rainha do Sol”. Após atingir certa idade, a soberana concedeu o governo de Yamatai a uma de suas súditas, que foi amplamente apoiada pelo povo. Mesmo após sua “morte” o local continuou sendo governado somente por mulheres, criando uma tradição, na qual, após atingir certa idade, a atual rainha deveria abdicar do trono à súdita escolhida. Ser escolhida para representar antiga Rainha do Sol era uma honraria cultural.


No entanto, Himiko não era tão digna assim, uma vez que essa possuía poderes místicos, sendo capaz de controlar o clima (justificando a prosperidade agrícola de Yamatai) e de transferir sua alma para outro corpo. Ou seja, ela continuou governando Yamatai por séculos, apenas mudando de corpo, não transferindo seus poderes, portanto. Ninguém além do General dos guardas da tempestade dela conhecia a verdadeira natureza da "sucessão", já que ele sozinho tinha a tarefa de escoltar a sacerdotisa até a Câmara do Sol, onde a rainha esperava sozinha para realizar o ritual.



Himiko realizara a transferência de alma inúmera vezes, até que Hoshi descobre a verdade por trás do governo da Rainha do Sol e tira a própria vida antes da transferência total de alma. Dessa forma, a alma da soberana ficou presa no corpo de Hoshi, mas os poderes sobrenaturais eram independentes do corpo físico, o que justifica as inúmeras catástrofes ocorridas em Yamatai ao longo dos anos após a sua “morte/prisão” até o ano da chegada de Lara Croft e a tripulação do Endurance.


Há uma série de 10 diários da Hoshi no jogo, recomendamos aos fãs lê-los, uma vez que ajudará a entender melhor a história.





No filme, Himiko é uma soberana de um local que não é Yamatai, e esse tal lugar não possui nome citado. Agora, ela é uma governante autoritária que é traída pelo seu próprio exercito por ter causado danos ao seu próprio povo, contradizendo totalmente com a história apresentada no reboot. Com isso, podemos analisar que, novamente, características de um importante personagem foram totalmente alteradas. A soberana é adorada no jogo, pois, usava seus poderes a favor da sua civilização; Esse fator só muda quando o ritual de sucessão falha. Hoshi prende a Rainha do Sol em seu corpo ao cometer suicídio, e, a partir dai, Himiko passa a responder com fúria sobre o local, ou seja, ela não era autoritária, nem há traição de seu exército. Esse fator vai ser fortemente ignorado na adaptação, e a personagem torna-se rasa, caricata, sendo apenas almejada por Richard Croft e Mathaias, por possuir uma espécie de vírus altamente mortal. O primeiro a queria para estudo, enquanto o segundo, para criar uma arma biológica.



MATHIAS DO JOGO x FILME


Durante o Tomb Raider (2013), Mathias é um personagem bastante importante, pois ele é a outra razão além da Rainha do Sol da destruição de Yamatai. Ele era um cientista americano e foi parar na ilha em 1982, quando seu avião colidiu em águas próximas do “reino perdido”. Assim como a tripulação do Endurance, Mathias fica preso em Yamatai e, depois de inúmeras tentativas, percebe que não há outro modo de escapar que não seja dar o que a Himiko quer: um novo corpo para possuir. A sanidade mental dele é comprometida a media em que não consegue escapar, visto que, como vocês já devem saber, que Yamatai não era como um passeio na praia.

Como não conseguia dar conta de todas as reivindicações de Himiko, Mathias funda os Solarii, que irão dedicar a vida para encontrar a garota perfeita para a soberana maligna. O grupo irá operar com violência brutal, uma vez que estavam dispostos a tudo para escapar de Yamatai; assim, aquele que discordava das regras da sociedade era morto ou escravizado. Menção honrosa para Cavernas Geotérmicas, prisão de escravos e pessoas que eram obrigadas a se tornarem Solarii, um dos lugares mais bizarros da saga. Mathias sabia que após o candidato sobreviver ao local, a sua insanidade mental seria completamente perdida, logo, seria mais fácil de manipulá-lo. Não preciso nem dizer o quanto que ele será uma pedra no caminho de Lara Croft, assim como ela será no caminho dele.




"Você acha que é a heroína, Lara? Tudo o que fiz foi para sobreviver! Quantas vidas você tirou para fazer o mesmo? Não há heróis aqui; apenas sobreviventes!"


Mathias (Tomb Raider).

O que dizer do rumo que esse personagem tomou no filme?


Bem, na adaptação, Mathias é apenas um mercenário que, assim como Richard, buscava encontrar o corpo de Himiko.


Tá, mas o que essa mulher tem que todo mundo quer encontrar o corpo dela?



Ela tem poderes, o toque na sua pele pode causar uma infecção irreversível, ou seja, Mathias quer fragmentos dela para vender no mercado negro. Pensávamos que armas biológicas fossem tema para Resident Evil e não para Tomb Raider... Sobre o que o pai da Lara queria com o corpo da Himiko nós não sabemos, mas se você souber, pode contar para gente.


Mathias é um antagonista tanto no jogo quanto no filme, porém no filme ele não passa a mesma sensação de medo ou insanidade que o do reboot de 2013. Não dá para temer alguém que você não conhece. A adaptação falha em apresentar a personagem e os elementos que fazem ser o que ele é. Os Solarii são cortados e acreditamos fortemente que foi o principal motivo por Mathias não fazer nenhum sentido no filme. Infelizmente, ele é tão irreconhecível, que se o vilão recebesse outro nome, o público jamais o associaria com o Mathias do jogo.


Novamente temos um personagem raso e caricato, que se contrapõe totalmente a obra inspiradora.

Elementos canônicos bem adaptados.

Se há uma coisa que o filme conseguiu transportar muito bem do Tomb Raider Reboot foram os cenas de ação. Alícia Vikander, prova, em todos os aspectos, o quanto que ela estava preparada para se tornar Lara Croft. Em todas as cenas citadas, a atuação de Vikander deixa o coração dos fãs aquecidos, transcendo com maestria ainda mais vida a personagem, assim como também, toda carga emocional que presentes nos momentos tão icônicos da obra inspiradora.


O NAUFRÁGIO - (REFERÊNCIA AO TOMB RAIDER REBOOT)


SEQUÊNCIA DO AVIÃO E FERIMENTO DO VERGALHÃO

(REFERÊNCIA AO TOMB RAIDER REBOOT)



MOMENTO EM QUE LARA CORFT MATA PELA PRIMEIRA VEZ

(REFERÊNCIA AO TOMB RAIDER REBOOT)



O QUE DIZ A COMUNIDADE DE FÃS?



Primeiramente, gostaríamos de agradecer a todos que contribuíram para o resultado da enquete. A opinião da comunidade é muito importante para situarmos tanto o retorno para os produtores do filme quanto aos próprios fãs da saga.


É possível notar que há uma divisão entre os que aprovaram e os que aprovaram parcialmente. Sendo a maioria, a comunidade parece satisfeita com a adaptação e aprovou as mudanças propostas pelo filme. A maioria dos que ficaram indecisos demonstram gostar das novidades do filme, mas reconhece que alguns elementos se distanciam da obra inspiradora. Aqueles que não aprovaram, são os que ficaram inconformados com as mudanças ocorridas durante o filme, e que para eles, prejudicou bastante a experiência em relação ao jogo.


CONCLUSÕES FINAIS


Podemos compreender, de certo, que fazer uma adaptação cinematográfica não é uma tarefa nada fácil. Diversos pontos da história inspiradora precisaram ser alterados ou totalmente repaginados a fim de deixar a experiência do espectador mais compreensível, e é, de fato, um mérito do filme. Porém, alguns elementos característicos do jogo não poderiam ter sido ignorados, pois prejudica ao consumidor do vídeo game entender a história, assim como também, os novos expectadores. Há pouquíssimos recursos entre o filme e o jogo além da história da Lara Croft. Um fime não é feito apenas da atuação impecável de uma atriz; o meio, ou seja, as pessoas ao redor, precisam somar ao roteiro, e não atrapalhar, como é caso do Richard Croft.


Nós, do Croft Manor Brasil, entendemos e respeitamos as decisões das pessoas que trabalharam no filme, afinal, não somos roteiristas, nem diretores, mas somos jogadores. E, como jogadores, nós entendemos a profundidade da obra Tomb Raider. Rumores apontam que a sequência de Tomb Raider no cinema terá mais elementos sobrenaturais. Isso pode indicar que eles escutaram a comunidade de fãs que, apesar de ter gostado da obra, sentiu falta desses elementos com mais clareza no filme.


Devemos ficar animados para um próximo filme? Isso depende de você! Sempre desenvolva sua opinião crítica (construtivamente) e usufrua dos diversos meios que a saga Tomb Raider pode oferecer.

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